quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Filmes de dezembro, 2015


Não gostei... Quer dizer, não tenho mais condições de me envolver nesse tipo de filme, não sei porque baixei... Quer dizer, nota alta no IMDB... Deve agradar quem gosta de filmes de comédia romântica.



Ei Marcio, você me recomendou... Mas eu não sei se eu gostei ou não! Hhahaha, o filme é bem um pré-matrix (devia ser a vibe do momento, que voltou em filmes depois como aquele Ilha do Medo ou Inception, ambos com Di Caprio, ou Amnésia, quer dizer, a linguagem do Nolan...)... Eu não sei... Pra quem gosta de filmes de ficção científica com esses plots de dominação mundial é uma boa dica... Pra mim, não sei se funcionou muito bem.

Me chamou muito atenção o ator Rufus Sewell, desse tipo de ator que Andreia gosta... Tão diferente, tão exótico O_o


Well... Depois de esperar aí anos pra ver, não me senti engajada, nem em suspense, nem nada... Não gostei, achei chato até... É uma mistura de Les yeux sans visage (1960) com El secreto de sus ojos (2009). É.. é exatamente isso. Ah, faltou lembrar também de Il mulino delle donne di pietra (1960).


Bom, é legal, se tiver no netflix e você não tiver mais nada pra fazer ou pra assistir, é um suspense legal - não achei muito assustador, mas cada um no seu quadrado, né... E... é tipo... Identidade (2003) misturado com Mean Girls (2004).


Não é o melhor do Woody Allen, mas é divertido... Começa muito chato e vai melhorando com o desenrolar da trama, muito lentamente.


Obrigada Kamyla e Anne pela companhia, isso sim é um bom filme! Quem ainda quiser ver no cinema (tamanho ideal de tela), tem na quarta-feira no cinemark do Shopping Vitória. A criança desse filme é a mais fofa \>o</ Não sei quantas vezes vi, pelo que lembro é a quinta... E, sempre me pego pensando em coisas diferentes, um reflexo do quanto mudei ao londo dos anos.


Comecei a ver a filmografia, estava na lista desde que vi Happiness (1998), recomendado pelo Mário. Esse é tão bom, tão tosco, tão engraçado... Pena que é difícil de achar e também não achei legenda. Mas é bom!


Na sequência, outro do Solondz. É tão bom quanto o antecessor, a personagem é essa menina inadequada, Dawn, numa família que não dá atenção, com irmãos chatos, uma escola insuportável e colegas que a ridicularizam. Dawn é uma sobrevivente nesse mundinho social que a gente bem conhece!


Hmmmm... very good! George Romero traz pra gente essa coisa da mulher madura que está tendo um problemão para se reconfigurar depois que os filhos crescem e o marido é um idiota. A bruxaria, nesse filme, tem tudo a ver com a redescoberta de si mesma, é super interessante.


Well... Esse filme é "ok", não sei se quem viu concorda comigo, mas acho que a atriz que faz o par romântico, Téa Leoni, não me cativou... Achei fria, chata... Por isso não curti mais o filme.


Gente, eu gostei desse filme, mas... Minha nossa senhora, alguém mais simplesmente odiou a personagem Amanda, da Christina Ricci?!?!?! HAAAAAAA!!!!



Eu simplesmente adorei esse filme, mas eu confesso que vou continuar odiando a amiga da Melinda da história dramática, a falsa Laurel. Se eu tiver uma amiga dessas, please, me deleta da vida, que esquece.



Vi esse, maravilhoso, ontem... Esses filmes do Todd Solondz simplesmente sempre fazem a gente virar do avesso, é muito bom. Recomendo muito pra quem tem um senso de humor "diferenciado" e adora um filme desafiador. Ah, a Selma Blair está incrivelmente linda e fofa nesse filme, nunca esteve tão linda.


O computador estava no conserto, vi esse filme no... FX. Nossa, que filme bom. Na verdade, eu sei que o Sr. Washington sabe escolher seus filmes muito bem, e que ele é extremamente carismático. É um bom filme de ação (tirando as viagens na maionese que o diretor de fotografia / diretor dão). É bom, muito bom... É fofo. Até chorei!


É um filme difícil em vários aspectos, e, de maneira interessante, é, ao mesmo tempo, encantador e repulsivo. Me fez pensar em muitas coisas, assim como o Bem vindo a casa de bonecas.
Por exemplo: Todas as pessoas são bonitas? Todas são bem sucedidas e articuladas? Todas terão um lugar de destaque? Todas as pessoas querem isso tudo ou isso é o que nós dizemos para nós mesmos? Quem sabe, o que queremos é uma coisa "boba", por exemplo, apenas ter filhos - mas isso é algo que só "pode" acontecer dentro de uma certa faixa-etária e dentro de um contexto.
Então Solondz nos faz questionar que padrões são esses em que acreditamos e que vidas são essas que "monitoramos". Dolorosamente, amargamente, nada parece ser a resposta, a não ser o que nós escutamos dentro de nós mesmos.


Filme frio e ardiloso, me deixou em estado de agonia e tive que dar pause na hora em que Chris chega na porta de alguém e começa a bater, freneticamente. Recomendo, mas, além disso, recomendo que se pense bastante depois do filme e que não se diga que é um filme vão. Woody Allen retrabalha os temas de Crimes e Pecados (1989), deixando tudo mais sórdido e mais imediato.


Vi ontem e gostei muito. Apesar de ser um filme bem baixo orçamento, tem insights super legais sobre direitos civis, sobre uso de armas de fogo, sobre política, poder, exército e tal... E, cá pra nós, até chorei no final O_o... É sobre uma cidadezinha de 3 mil habitantes que fica sob quarentena.


Assisti ontem Mário, gostei muito. Achei difícil, mas importante. Não sabia que era a continuação de Happiness, e achei que acertou bastante (pelo menos me deixou em estado de reflexão). É bem mais triste que Happiness, bem... Eu recomendo para fãs do diretor e para quem gostou do Happiness.


Que filme chato... :(... sem mais.

E em 2015, foi o ano em que... A-ha!! Terminei a filmografia de John Carpenter. Entre altos e baixos, idas e vindas, acho que o melhor é O Enigma do outro mundo (1982), logo seguido de Starman (1984) e Eles vivem (1988). Pode não ser o melhor diretor do mundo (certamente não fez as melhores escolhas sempre), mas mostra uma visão crítica de mundo por baixo de um blablablá frases de efeito x porrada.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Filmes de novembro, 2015



Assisti hoje por recomendação do Mário, e gostei muito (é muito bom mesmo) Emoticon smile, mas eu não achei que o Ex-Machina é parecido... De fato, tem a parte dos andróides e a questão da entrevista; o que me parece é que o Ex-Machina explora a entrevista, a questão das emoções e do gênero à máxima potência.
No caso de Blade Runner, o debate é sobre o tempo que temos e o que fazemos com ele (há outras questões, mas o diretor me parece querer pensar melhor sobre isso). Já em Ex-Machina, vemos o debate depois que Blade Runner termina, quando Deckard e Rachel fogem: só se pode salvar um andróide mulher quando esta se apaixona pelo homem? Ou seja, para se salvar, é preciso dizer "eu te amo"?

Acho que, se desenvolvida, a questão abre um debate interessante a respeito dos estudos de gênero, corpo e ética!!!


O nível do filme explicado em uma cena: O cara está surfando na água de uma valeta, persegue um carro, pula dentro do carro e assume a direção. Mas é legal, tem muita ironia divertida.

Pra quem não acredita: 


Uma doidera... A cena final, inesquecível.

É tão chato... Emoticon squint a única "graça" é que é uma homenagem à vários filmes do Hitchcock, mas sério... Argento, eu amava você tanto... Mentira, ainda amo... mas...s-t-a-p


Acabei de assistir, e achei tão legal, mas tão legal... Principalmente porque é uma adaptação de um romance de um autor conhecido por ter livros bem intrincados, que é o Thomas Pynchon, então... O diretor está de parabéns. Para quem tem um senso de humor distorcido e gosta de filmes de investigação policial bem difíceis, é uma ótima pedida. Recomendo muito!

domingo, 8 de novembro de 2015

Filmes de outubro, 2015



Vi ontem por indicação de André... E eu não escrevi antes porque ainda estou pensando no filme (de fato, o melhor que um filme pode te dar é "food for thought" ou seja, coisas para refletir).

Eu achei um filme denso, apesar de parecer despretencioso. Principalmente porque lida com aquela grande questão que não quer calar: "Quem sou eu?" E, do alto da varanda, JP simplesmente reflete que... (vou traduzir pra vocês porque é muito doido mesmo)...

"Eu estou preso nessa... prisão ridícula, auto-imposta, da caracterização, entende? Começou quando eu era jovem, como a questão da galinha e do ovo. Eu não sei o que veio primeiro... Ou eles diziam que eu era emocional e intenso e complicado... Ou eu... Ou eu era mesmo complicado e intenso e eles respondiam à isso. E então, quando eles respondiam, eu respondia ao que eles diziam. E é... Eu usava isso de alguma forma. E eu sinto vergonha disso. [...] Eu não quero mais fazer o personagem do Joaquin, eu quero ser quem eu sou, seja lá o que isso for. [...] E talvez seja uma estupidez querer ser representado, [...] Pense sobre isso: você é um fantoche nas mãos de alguém que diz onde você deve pisar, como você deve falar... Isso não é criatividade".

E é assim, com essa simplicidade, que Joaquin (JP) começa seu documentário/mocumentário sobre o período (falso ou não) em que ele quis deixar de ser ator para ser rapper.

E o filme progride ladeira abaixo, nos chamando atenção para questões de identidade, por exemplo: Quem faz rap? Você poderia fazer rap e ser aceito por isso? Que comunidade é essa, quem é o cantor de rap? / Outras questões sobre hollywood: um mundo problemático, duro e vazio. Ou mesmo, simplesmente: Se você quisesse, agora, do nada, mudar de profissão e seguir seus sonhos, você conseguiria? Será que nós conseguiríamos nos sustentar apenas fazendo o que gostaríamos mesmo de fazer, sendo nós mesmos?
Olha... não pensei que o filme fosse ser tão profundo, ainda penso nele... E, o melhor: ele me ajudou a finalmente entender Persona, do Bergman, e é um excelente material de estudo sobre autoficção (até onde eu humildemente entendo, q n é muito)...

É que... Engraçado, eu não sei se de fato existe uma conexão, mas Persona é sobre uma atriz que, no meio de uma encenação, congela e não fala mais. É enviada para um repouso com uma enfermeira... E... Agora que vi esse filme do Joaquin deu pra entender o que se passa com a atriz do Persona: Ela não quer interpretar nem ela mesma.

Estou aqui ainda mastigando o feno na boca... XD

Pois é... essa parte é ... bom, tem várias né? Achei que as letras das músicas não eram ruins e tal, mas a galera tinha um preconceito com ele, n é qq um q pode ir aí fazer um rap, né?

Agora, sobre ser tudo verdade ou mentira acho que nem eles mesmos vão saber. E essa é uma das grandes graças do filme. Valeu a indicação André!


Não é o melhor trabalho de Allen, é apenas "legalzinho"... Mas é interessante observar a construção documentária de um personagem que não existe, na realidade. Nisso o filme é legal.


Não é um filme tão ruim quando pensei que seria, e continuo com a impressão que já vi alguns trechos (ou pelo menos propagandas) na sessão da tarde... E até que é um filme com algum humor, um filme charmoso... E graças a Deus, algo que eu amo: O protagonista é inteligente.


Descendo pro play 2015. - É uma opinião pessoal.
Gente, eu pensei sobre o que escrever, pensei até em escrever algo mais extenso e tal... Mas vamos e convenhamos: Seria um desgaste. O que eu tenho pra dizer sobre o filme é: Se você gosta de dramas familiares ou se quer algo pra relaxar (um filme brasileiro sem aquela carga de sexualidade e xingamentos) vá ver.
Mas acho que é um pouco demais falar sobre diferenças sociais explorando questões sobre o direito de tomar HÄAGEN-DAZS (que eu mesma nunca tomei) e de entrar na piscina do seu patrão se ele não estiver olhando - ou eu devo ser muito apequenada na minha condição de serviçal na roda viva capitalista que não consigo entender essa questão de espaço.
Pra mim a filha é ridícula, o filme é muito demorado (se perde em detalhes minuciosos do dia-a-dia que poderiam ser sublimados), retarda o clímax (o pedido de demissão) - ao ponto de que, ao final, eu já nem mais me importava com o que aconteceria com aqueles personagens.
Outra coisa: Fazer um filme financiado ou viabilizado pela globo filmes e querer falar de emancipação do pobre é demais. O filme é mais bem acabado, mas continua com a máxima do mote do humor populacho Global, que coloca o sotaque e o modo de falar dos nordestinos ou de pobres como coisas engraçadas.
Desculpa, mas estou aprendendo que ética deve andar lado a lado com a estética. O filme é comercial demais pra ser sério. De ruim, ainda, é a ideia da meritocracia: se estudar passa, se não estudar não passa (sabemos que isso não funciona sempre desse jeito). Fica de bom o amadurecimento de mãe e filha e a clara emancipação pessoal do pobre como algo simples e natural, que não tem nada a ver com as barreiras sociais que lhe são impostas: Ele sabe muito bem o que está acontecendo e o que fazer para não ficar preso nas armadilhas da sociedade controladora e mesquinha.
As coisas afetam a gente de jeitos diferentes, cada um vai perceber o filme de uma forma e tal, não tem jeito: temos histórias diferentes. Mas o legal é a gente poder falar sobre o que pensou e ver outros pontos de vista. :)


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Filmes de setembro, 2015



É bem fofo. Traz poesia para o cotidiano, mas não deixa de ser aquele filme com o qual você aprende um pouquinho, se encanta um pouquinho, se deixa levar. A cena onde Goldie Hawn e Allen dançam no final é mágica e muito bem feita. Recomendo. :) A bela cena de que falo é:



Achei esse filme um dos mais fofos que já vi na vida, e olha que é uma ficção científica do John Carpenter. Vou passar para os alunos agora no terceiro trimestre e recomendo para professores que queiram fazer alguma atividade envolvendo língua inglesa, por que tem muitas partes ótimas. Chorei muito no final e em várias cenas >O<


Bem longo, mas nem vi o tempo passar depois dos 30 primeiros minutos. Muito interessante do ponto de vista da narrativa, quer dizer: é um filme feito para quem gosta de pensar, e é uma mostra de quanto a narrativa no cinema pode dizer.

Em "Era uma vez no Oeste" (1968), Jill fala a real quando se sente ameaçada por um homem que invade sua casa (tradução minha): "Se você quiser, você pode me deitar na mesa e se divertir, e até chamar seus homens. Bem, nenhuma mulher morreu disso. Quando você terminar, tudo que eu vou precisar é de uma banheira de água quente e serei exatamente como era antes - só que com mais uma memória suja!"


Não, eu ainda não tinha assistido, mas como estou vendo a filmografia do Carpenter, chegou a hora. É bem fun, me lembrou as aventuras de RPG de Kazuza, bons tempos.


Surpreendentemente bom, totalmente auto-fiction, Bergman feliz em seu túmulo por seus trabalhos como Morangos Silvestres terem dado flores e frutos além mar e rompido gerações.


É um bom filme, só não recomendo por que além de ser difícil de achar também não tem legenda então pode ser um empecilho para a maioria das pessoas, MAS, é um bom filme. Dá muita agonia.


Tive que assistir novamente, e o fiz no último domingo. Poucos diretores conseguem transformar um filme numa esperiência, um filme num mundo próprio, num lugar para onde desejamos ir às vezes. Suspiria tem tudo isso: É um lugar especial e colorido.


Eu tinha esquecido que vi esse filme no FX, gostei bastante! A Keila, ops, Halle Berry (as duas são lindas, não tem como ver um filme com a Halle e não lembrar da Keila :D) está ótima no filme, o filme em si é bem interessante e empolgante, você fica roendo as unhas até o final! E... o final, é totalmente incrível! :D


Baixei o filme porque alguém aqui no face colocou a foto da Ava (a robô do filme) e achei muito lindo, mas, sério... Se esse filme ainda for entrar em cartaz esse ano no cinema, vá ver. É uma porrada política / social vestida de fantasia de ficção científica, é maravilhoso de assistir - e tem muito suspense. Gente, tem pessoas discutindo no fórum as seguintes coisas:


a) Ava mentiu / amava / não amava Caleb.
b) Nathan criou mulheres como ele gostaria que elas fossem ou robôs que imitariam mulheres como ele gostaria que elas fossem ou tudo fugiu do controle?
c) Qual é o paralelo: Ava = Caixa de Pandora / Ava = Classes subalternas+oprimidas / Ava = Emancipação feminina / Ava = Bibelô digital do homem pós-moderno.
d) Ao escolher deixar Caleb vivo, ela fez um juízo de valores?

Tãããããnnnnn o__o

Para Anidalmon Morais, "Entao, achei muito interessante a maneira como eles abordaram os desdobramentos éticos relativos a uma futura invenção de uma inteligência "artificial". Um argumento relativamente simples sobre a eterna quase guerra entre robôs e humanos, mas que consegue tocar em pontos fundamentais do rolê inteiro de forma autêntica (sem parecer uma cópia contemporânea do kubrick ou dos irmão Matrixianos). Não sei se vc curte séries, mas Battle Star Galáctica é uma boa pedida hein"


Esse filme é tão chato e ruim que eu poderia nunca ter terminado de ver, mas mr. Carpenter não conhece minha determinação: A de quem já viu coisa muito pior.
Mas é ruim. É patético, bobo, sem sentido... Grupo de cientistas acampa numa igreja velha pra provar que o líquido no porão é o diabo. Enquanto isso, mendigos que brotam insetos bloqueiam a saída. @_@ ok, senta lá.


Acho que nunca fui tão enganada por reviews e nota do IMDB, esse é um dos filmes mais misóginos e chatos que eu já vi.


Sério, eu amei. Claro, tem um começo difícil de engatar (você não entende muito bem o que está havendo, etc.), mas é tão bom. Um casal se separa e então tudo parece mudar drasticamente para cada um deles. Para nós, meninas, é um filme que simplesmente faz a gente suspirar (impossível não se identificar com a esposa).



Andrzej Zulawski é sempre muito difícil de assistir, mas estou quase terminando de ver seus filmes. Sobre os últimos dias de Chopin - e me fez conhecer a incrível escritora francesa George Sand, que mulher incrível!! Não fazia ideia que havia uma escritora tão interessante como ela

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Filmes de Agosto, 2015

Bom, em agosto, eu vi... Eu também não vi muitos filmes, estive bem ocupada.

Tiros na Broadway (1994)

Eu sei que ninguém tem tempo pra isso, mas esse filme rende uma boa discussão (tcc, dissertação, tese) sobre a autoria, o estado da arte, a crítica da arte, a literatura, o teatro, etc... Ah, tudo bem, tem o Chazz Palminteri \*o*/


Não é o filme mais engraçado dele (embora você possa rir um pouco), definitivamente não é meu senso de humor: Tem personagens atrapalhando tudo demais. Salva o Michael J. Fox, papel muito fofo.


Caramba, é muito bom, vá ver e rir. Ah... Sério, a Mira Sorvino está tão fofa nesse filme, adorei ela... E nem liguei pra voz, que todo mundo parece reclamar tanto. A voz é pra ficar caricato das atrizes ruins, que nunca conseguem nada, não tem postura, etc... Mas é ótimo!



Eu esqueci, sim... Eu vi esse filme na sexta-feira. Gostei bastante, acho que é um filme difícil de fazer, por que por si só o tema já parece forçado: história real de família que sobrevive ao Tsunami da Tailândia. Apesar de chegar no limite do didático (ajude os outros, etc.) a atuação sensível e o olhar sobre todos (sem exclusão de turistas e nativos), conseguiu costurar tudo muito bem. Chorei em alguns momentos, é bastante fofo. O final é poético, quando, ao olhar pela janela e ver a destruição, Naomi Watts lamenta por todos que não têm as mesmas chances que turistas ricos - apenas de passagem em países pobres.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Filmes de Julho, 2015

Estou postando atrasado mas, como esses blogs deixam você enganar o tempo, aqui vamos nós!

Primeiro, em junho eu fui à um concerto aqui da cidade, de uma orquestra da qual alguns alunos meus fazem parte. E eram, adivinhe, trilhas sonoras de filmes.


Sandro e Angelo recomendaram, mas não gostei de Relatos Selvagens, mas ainda não sei definir direito o porquê. É uma mistura, talvez, de várias coisas... Mas, minimamente, eu acho que posso dizer que é essa forçação de barra que alguns contistas têm de exagerar uma história banal e tentar fazer disso um grande evento. Não me disse nada, não quis dizer nada, não tem nada de interessante quando esse filme termina - nada pra se pensar. De acordo com minha amiga Keila, "instantâneo"! Verdade... Nossa... Uma pior do que a outra ¬_¬... mas acho que a insuperável é a dos motoristas na estrada... ZZzzzzzz...


Yeah... É um filme leve de terror, personagens não clichés, final suave... Uma dose de humor sem-graça, mas não é o pior filme de terror desse tipo que eu já vi. 


Gente, que filme divertido de ver, que engraçado - chorei de rir. Se você tiver oportunidade, se tiver no netflix, sei lá... veja. É tão divertido, e, ao mesmo tempo, diz tanto sobre os relacionamentos e as pessoas - acho que sim, nós mulheres, somos meio doidinhas que nem a Diane Keaton :) . Outro ponto super à favor deste é a homenagem à Rear Window - Janela Indiscreta - aí quando aparece a Angelica Houston não tem como ficar melhor mesmo ;)

E só vi esses filmes em julho o__o o mês passou voando... Eu me casei, bom... O tempo ficou curto!

terça-feira, 30 de junho de 2015

Filmes de Junho, 2015

Não vi nenhum filme no mês de maio, estive ocupada, jogando videogame (sempre os mesmos, por que sou uma velha acostumada com as mesmas coisas de sempre), mas o mês de Junho até que foi "produtivo".



Vivendo e aprendendo, é ótimo conhecer óperas incríveis e interessantes através dos filmes, e Andrzej Zulawski faz um ótimo trabalho nessa montagem, é excelente. Aqui, o diretor visionário consegue usar suas ferramentas para construir uma bela interpretração da ópera.


Não foi dirigido por Woody Allen, mas é tão bom que simplesmente parece dele (inclusive por que ele é o ator que interpreta o personagem principal, ao lado de Bette Midler). Excelente e muito engraçado.



"Grito de horror" é bem bom, foi feito quase que "irmão gêmeo" do maravilhoso Lobisomen americano em Londres (que não tem como não amar). Ainda fico com o Lobisomen americano, mas é difícil escolher qual a melhor transformação... E ainda fico pensando, porque a necessidade da cena completa da transformação quando seria melhor esconder e aumentar o horror? Hmmm...


Ia dar nota 6, mas como essa já é a nota do IMDB, decidi por logo um 5 pra ver se diminui de uma vez... Chega ao limite do tédio... Claro, me parece um filme de estréia (e é mesmo, acabei de ver), e tem tudo que esses filmes de estréia de diretor chupinha tem Emoticon unsure É chato, superficial, e, claro, muito, mas muito pretencioso.


Zzzzz... Considere a mesma impressão de "We are still here"... Ai, por que, meu Deus... Diretores "cerebrais", "freudianos", "inteligentões"... :´(


Recomendado por uma amiga, eu sei que ela tem medo de filme de terror, então eu entendo u.u Não achei nada assustador, é uma espera infinita para que algo aconteça, mas nada acontece... MAS, é melhor do que os dois anteriores e deve agradar pessoas que gostam de filmes de suspense. Aviso: A criança é insuportável, talvez por isso eu fiquei querendo que eles morressem mesmo.


Não sei como esse filme veio parar na minha lista, mas assisti ontem e anteontem e... É legal, mas o Harvey Keitel chorando sempre me dava vontade de rir, então foi difícil levar o filme à sério...


Assisti ontem e gostei bastante, suspense que prende a atenção do expectador, bem legal. Achei que tem tudo à ver com alguns contos da escritora capixaba Marília Carreiro em seu livro "AmorS e outros contos", "Flash", "P.", "Experiências", "Modus Operandi", "Semana", "AmorS". Estou com problema de superanalisar tudo que vejo, então o filme vai perdendo a potência no final, quando tudo se explica e o expectador é jogado no vazio do maniqueísmo.


Terminei de ver na segunda, gostei muito. Um dos motivos é por conhecer o trabalho do Bergman, então vi aqui os ótimos Noites no Circo, o Rosto, Sorrisos de uma Noite de Amor... Maravilhoso retorno ao Mestre.


Muito ruim, muito chato... Fiquei falando o telefone, mandado msg e fazendo o olho girar pra trás pra ver se o filme terminava logo... O que é um diretor perder tipo 60 minutos de filme com gente procurando alguma coisa na cena...?


A imagem escolhida para a capa não poderia ser melhor: neste filme, os olhos de Pacino dizem tudo, derramam a comunicação como se fossem porta-vozes das dores de todos nós... Filme muito bom, muito bom mesmo. Concordo com a review do IMDB: a) Tarantino deveria aprender a fazer filmes com tiros; b) Pacino mostra a que veio, embora não o faça mais há dez anos; c) O filme quebra barreiras em todos os sentidos.


Fiquei presa nesse filme durante a tarde... Nastassja Kinski! E eu gostei tanto do filme inteiro, da história (até chorei no final, de tão envolvida)... Mas, Nastassja... é simplesmente impressionante. 

Vejamos... Eu não sei por que gostei tanto, é muito doido... Acho que tudo começou com os créditos iniciais, com uma música envolvente, cenas num deserto avermelhado, panteras... E aí me ganhou, achei muito bem feito, bonito mesmo. Aí veio essa mulher que... Sem noção, corpo plenamente em forma, perfeita, o rosto maravilhoso... E eu fiquei convencida com a doçura da personagem e comecei a torcer por ela. Agora fiquei com a pulga atrás da orelha, não sei se quem ficou preso foi ela pelo amor do veterinário, ou ele, pelo amor da pantera... 


Esses filmes italianos de terror, esses filmes... São tão interessantes, legais, curiosos. Eu gosto muito desse tipo de filme, me fez lembrar que tenho até que rever Operazione paura (1966), que é incrível.


Gostei muito desse, maravilhoso - e incrível como ele rasgata o Cenas de um Casamento do Bergman e não faz uma colagem mal-feita como é o caso do Tarantino. Ele produz algo novo inspirado no trabalho de seu ídolo. Muito criativo, incrível... (tragicômico no seu melhor modo).

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Filmes vistos em abril 2015


É... Pensa no Cabra Marcado Para Morrer (1985) indo pro espaço num planeta de Interestelar (2014), com figurinos do Lua de Cristal (1980) e Brasil (1985) e textos que parecem ter sido extraídos da obra de Delleuze e Guattari... (e o pior é que é interessante...)

E se você não acreditar no que estou falando tem no Youtube.



Olha... Tá aí, vi tudo que o Nolan fez, inclusive os Batmans (blergh!), e esse é um dos piores. É chato, pretencioso, arrogante - que nem os dois protagonistas... Metade do filme e eu já sabia o final e já estava entediada e nem queria mais saber de nada.



Vi hoje, e diferente de O Grande Truque eu amei... Chorei, ai, o filme é lindo, muito bom. Gostei que tem uma "intertextualidade", se é que é isso que posso dizer, com Sonata de Outono (1978) do Bergman!



É um ótimo filme, e o melhor: tem Oliver Reed (hmmmm :B). Agora sério: as pessoas não sabem o que é um bom ator hoje em dia. Ele pega um filme com um enredo simples e dá vida à ele! Reed é incrível, ele é visceral, autêntico e real nas atuações. Adoro vê-lo sempre. E olha que legal: Tem dublado no youtube pra você ver.



Hoje eu passei o dia vendo filmes (e ainda dá pra ver mais um), e ainda bem que tive muita sorte. Esse filme me surpreendeu (assim como Burnt Offerings, não li a sinopse e não esperava nada), e foi, no mínimo, um prazer. Digamos, um "contos da cripta" com classe.



Simplesmente maravilhoso, uma meditação. Não sei como estão os filmes do Woody Allen hoje, mas é clara a conexão com os trabalhos de Bergman como Morangos Silvestres e Saraband. Maravilhooooso!!



Eu não me lembro mais como eu vim parar nesse filme, mas é lindo. É tipo Rubem Braga na China numa versão de Pedro que gostava de maria que gostava de João, que gostava de Rebeca que não gostava de ninguém, mas é tão bom... Quem puder ver vai amar, e quem for escritor, vai se identificar muito! Que atriz fenomenal e linda é Ziyi Zhang...


Andrzej Zulawski é tão difícil de assistir, mas eu não desisto... Continuo navegando, sem rumo, em meio as milhares de frases que apontam para todos os lugares e lugar algum. Metalinguagem, linguagem poética, arte em filme. PS: inspiração para Lynch, encontrei o anão e o gigante de Twin Peaks nesse filme.


Um dos filmes que me deixou em mais suspense na vida, tinha que pausar pra andar pela sala de tão tensa. Constatação engraçada, acho que me pareço com o Woody Allen... Sou tão anti-social quanto...


Assistindo O sobrevivente (1987) de novo... Esse filme é uma porrada. A próxima vez que alguém quiser vir discutir produção cultural massificada, mídia, violência, vou mandar ver isso pra entender o que é a tv, o noticiário, os seriados, o Pedro Bial, o cidade alerta... Etc, etc. Mais arte, menos produtos.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Filmes vistos em março 2015

Não tive muito tempo de ver filmes entre fevereiro e março, então, a lista é bem pequena, mas tem coisas muito boas!


Não comecei a ver todos os filmes do Lars von Trier mas aproveitei dia 2 de março que estava passando no Telecine Cult (aberto não sei até quando), e simplesmente gostei muito... Até demais. Recomendo para pessoas que gostam de filmes deprimentes, mas... Não sei se recomendo para pessoas depressivas ou melancólicas. Eu sou melancólica, e não me fez tão bem (mas gostei muito). Ei, é ficção científica!



Nota 6... E fica por aí. Ah, tem mais um detalhe: Não é bom colocar Ethan Hawke num filme que vai captar 12 anos da vida das pessoas, esse homem não envelhece. Também não vi nada demais na performance de Patricia Arquette, apesar de achar que é uma boa atriz. Pelo menos não ganhou Oscar de melhor filme... Eu achei chato e cheio de frases muito, mas muito forçadas... Todas as conversas entre os personagens eram moralizantes e "ensinavam algo".. Nossa... 



Vi 21 de março e recomendo pra pessoas que gostam de um bom filme doido. Até a metade eu não sabia o que estava acontecendo e depois comecei a rir por que tem cada tirada sem noção... estou rindo até agora. Recomendação de Andreia.



Vi 22 no Space, e vou resumir rapidinho: É sobre a CST e o pó preto e o Paulo Hartung, mas no contexto casa branca e estados unidos / petróleo. A parte positiva foi ver Julia Roberts e Denzel Washington. O filme é ótimo, mas corrupção é algo que dá nos nervos até em filme.



Premature Burial is ok, quer dizer... Não é um "puxa, que filme maravilhoso", mas pra quem gosta de ver Ray Milland é legal - o final tem uma boa reviravolta.



Bom... Filmes se tornam clássicos por vários motivos, mas há um tipo de clássico muito específico que é o "filme ruim". Para ser um desses, é preciso esforço e muita vontade - algumas coisas ajudam, como, por exemplo, que o roteirista seja o produtor e o diretor e o ator principal... The room é um clássico instantâneo e nada mudará esse fato, nada. ALTAMENTE recomendado para quem gosta desse tipo de clássico cult (vide Uwe Boll, Birdemic, Ax'em, etc.)... dá pra rolar de rir. Plot twist: Esse é o roteiro da peça dentro de Birdman!!

Mas, a grande surpresa do mês ficou com essa imagem, que me fez lembrar que Laura Palmer profetizou seu próprio retorno com as filmagens da continuação de Twin Peaks para esse ano...


terça-feira, 3 de março de 2015

Sobre Através de um espelho (1961)

Uma amiga me perguntou o que eu achava desse filme, qual a minha opinião, qual a minha explicação, e apesar de eu normalmente não escrever sobre esse tipo de interpretação, eu vou colocar o texto aqui (de uma conversa no chat facebook) e, quem sabe, isso pode ajudar alguém ou gerar uma discussão interessante.

Primeiro, que é importante, destacar que o título do filme tem à ver com esse versículo bíblico:

For now we see through a glass, darkly; but then face to face: now I know in part; but then shall I know even as also I am known.

Coríntios 13:12 Por enquanto vemos através de um espelho, escurecido; mas então, face a face: agora eu sei em parte; mas então conhecerei tanto quanto sou conhecido.

Essa tradução é minha, direto do trecho em inglês.

Na minha humilde opinião, e posso estar errada com certeza, esse trecho trata-se de um diálogo com Deus, e é sobre a vida e sobre nós mesmos. O que acontece é que, assim como no filme, não temos dimensão da nossa própria vida e nem de nós mesmos de maneira completa: vemos através de imagens turvas e obscurecidas, que nos enganam e nos mostram apenas uma verdade parcial.

No filme, os personagens tentam ajudar Karin à se restabelecer, mas estão muito distantes disso: ela é uma doente incurável e só tende a piorar, até chegar ao ponto da loucura extrema. O pai tenta se afastar para poder lidar com isso melhor, o marido se dedica inteiramente, abdicando da própria vida, o irmão tenta fazer o possível pra compreender e ficar ao lado.

É mais ou menos como se fossem as três posturas básicas que as pessoas normalmente têm ao lidar com problemas. Por exemplo, se sua família tivesse um ente querido na mesma situação, você iria ver que sua família e as pessoas em geral teriam comportamentos parecidos com os dos personagens do filme - ausência, comprometimento, vontade de entender/aceitar/ (e até negar a doença).

Retornando ao versículo: enquanto vivemos, vemos apenas parcialmente a verdade da vida e dos fatos, pois não podemos compreender o todo e nem enxergar à todos os ângulos. Quando em face a face com Deus nós conheceremos a verdade e por ela seremos conhecidos.

Ou seja, mesmo que seja muito duro entender as doenças que levam nossos entes queridos da maneira mais dolorosa e difícil possível, e que a gente não entenda por que Deus faz isso ou por que precisamos lidar com isso, só com Deus podemos entender e sermos compreendidos inteiramente. Posteriormente, quando questionado pelo filho se Deus existe, o pai diz que não sabe se o amor é a prova de Deus ou se Deus é, em si, amor.

Então o amor, por todas as coisas, e que faz com que a gente enfrente os sofrimentos - ver alguém sofrer e ajudá-lo, mesmo sem saber se a pessoa vai se curar, ou sabendo que ela vai morrer de qualquer jeito - é uma prova de Deus, uma prova de amor.

Foi isso que eu entendi.

domingo, 1 de março de 2015

Top filmes de Ingmar Bergman

Depois de assistir aos filmes do diretor, escolhi os que gostei mais e estou convidando quem quiser conhecer o trabalho do diretor. Caso você queira assistir online, é só clicar nos nomes dos filmes, nos títulos, e abrir o link para o youtube. Todos estão com legendas em português.


A fonte da Donzela, assim como O sétimo selo, é um filme com estética medievalista. Tem um enredo simples, que trata da ida de uma jovem donzela até uma cidade, um tipo de tradição que as jovens virgens participam. No meio do caminho, ela é abordada por três assaltantes, e há uma reviravolta na história.


Gritos e Sussurros trata do momento da morte de uma de quatro irmãs. Todas estão reunidas em uma mansão e esperam, cada uma à seu modo, pela morte da irmã, que sofre dores terríveis. A fantasia se mistura à vida, e a morte torna-se uma passagem para a verdade.



Dreams é um dos filmes mais simples dos que estão selecionados aqui, e trata de duas mulheres que estão fazendo um trabalho em conjunto: uma é a produtora de moda, a outra é a modelo. Ambas estão vivendo uma crise em seus relacionamentos.





Morangos silvestres, assim como grande parte dos filmes do diretor, trata da maturidade e dos questionamentos que vêm com esse período da vida pelo qual todos iremos passar. 


Em uma maternidade, três mulheres grávidas esperam para saber o que seus destinos lhes reservam. Elas são diferentes, pensam diferente e estão No limiar da vida.


O sétimo selo é um filme de estética medieval e trata de um grupo de pessoas que faz uma viagem em conjunto. Um deles joga xadrez com a morte, de modo a adiar seu momento final.


Persona é um filme complexo, principalmente estéticamente, e muito fragmentado. É assim por que explicita visualmente os dramas vividos pelas duas personagens que estão em busca de suas verdadeiras personalidades.


Em Sonata de outono é possível ver um doloroso, embora necessário, embate entre mãe e filha; elas não conseguem se relacionar e vivem uma difícil relação de ciúmes, dor e distanciamento.


O verão com Mônica é um dos primeiros filmes dirigidos por ele e que estão nesta seleção, recomendo começar a assistir por ele. Mônica é uma adolescente pronta para florescer enquanto viaja com um namorado, nas férias, pela orla da Suécia.


Os três últimos, O Silêncio, Através de um espelho e Luz de inverno são parte de uma trilogia de Bergman sobre o homem e seu relacionamento com Deus. Em silêncio, duas irmãs vivem um difícil relacionamento enquanto estão num hotel quente e abafado.


Em através de um espelho, Karin está à beira da loucura e seus famíliares se esforçam para resistir à dor e ajuda-la.


Em Luz de inverno, o padre de uma cidade pequena luta para reinventar sua fé após perder seu amor maior, sua esposa.


Em cenas de um casamento, Marianne e seu marido Johan vivem momentos de dor, quando uma traição abala as estruturas de um casamento perfeito.


Um artista isolado numa ilha tenta não enlouquecer diante do passado e das cobranças do futuro em A hora do lobo - filme complexo e fragmentado, assim como Persona.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Filmes vistos em Fevereiro 2015


Desci pro play parte 2 (digo isso por que é raro eu ver filmes atuais):

Eu não ia assistir tão logo por que não gosto muito de ficção científica (é demais pra mim), mas o Vagner comenta tanto desse filme que fiquei curiosa, e lá fomos nós.
É bom. É longo, na verdade, é mais longo do que precisaria ser: parecia que eu estava vendo um seriado, por que demorou três dias pra eu ver inteiro. Tive que pausar várias vezes, comecei no domingo eu acho e terminei hoje. Eu não sei se vocês conhecem o trabalho do Christopher Nolan, mas é fato de que ele caminha para a genialidade cada vez mais. Acho que ele ainda precisa melhorar, por que há falhas nesse filme: o começo é muito mal feito, é rápido demais, truculento demais, doido demais... Aqueles vídeos são desnecessários e ele perde muito tempo do filme com discussões filosóficas baratas que não acrescentam em nada à experiência, sinceramente é o meu ponto de vista.
Em contrapartida, é nítido o sucesso na realização do filme que cristaliza o gênero "sci-fi", por que não é a narrativa que tem ficção científica, mas ficção científica que se extrapolou através de uma narrativa, é um bom trabalho. A personagem da Anne Hathaway dá vontade de socar (mas ela é linda e logo perdoamos); é divertido (depois da primeira meia hora), e eu estou apaixonada pelo TARS - o verdadeiro herói. 

Esse é o resumo do filme nos primeiros 30 minutos, tive que copiar de uma conversa com Marília: 
Do nada está em jardim camburi (poeira pra tudo q é lado), aí persegue um aviãozinho
lê japonês em braille no chão com poeira, encontra um portão
é abduzido pela NASA, decide pilotar uma nave para um buraco negro...
Po... é mt informação em menos de 30 minutos. É que em materia de ficção científica eu nado mesmo, não é meu tipo de filme e eu não entendo nada de física (passei para a professora de física da escola, btw haha), mas o Nolan é isso aí, é comercial. Eu acho que Dark Star (1974) do Carpenter é bem melhor no sentido da pureza do sentido do espaço... Po, ao final do filme você pensa mesmo que o espaço é como um quintal de 3x4m² com uma rede de proteção.Eu senti o espaço muito seguro ao final do filme, nada a ver com o Dark Star, - nesse sentido, melhor do que Interstellar. Mas concordo que é um bom filme, e espero que - como tudo que acontece com coisas inovadoras - vire moda. Quem sabe o mercado devolve os filmes de terror para os baixos orçamentos (de onde eles nunca deveria sair) para financiar os Sci-fies?


Galera... Oficialmente eu digo: Eu não entendo os filmes do Andrzej Zulawski mas isso não me importa: continuo vendo e ficando cada vez mais confusa. Gosto da liberdade de pensamento que esse tipo de filme me proporciona, da plasticidade da expressão humana... E olha, esse homem sabe escolher as mulheres pra colocar nos filmes. Nota importante: Foi ele quem criou aquela bela cena do posterior Beleza Americana, vou postar a foto do que me refiro.

Tive que recorrer à um truque ridículo para evitar bla-bla-bla pelada no meu ouvido, mas vocês vão ver do que eu estou falando quando virem a imagem:



Vi, recomendação de muitas pessoas mas especialmente do músico André Prando Emoticon smile Então... É um bom filme e antes do final eu até pensei em gravar um DVD e emprestar pros meus alunos, mas eu não fiquei satisfeita com a maneira como terminou. Eu recomendo, mas... Há um discurso nele que não me agrada nem um pouco: eu não acredito que você tenha que humilhar alguém pra que ela cresça, e também não acho que o desejo de melhorar em algo vem de mostrar pros outros que você é melhor. Eu já passei por muitas coisas, e só sei que essa coisa de "querer agradar aos outros" e "querer provar" só faz a gente ficar doente, e não tem nada de bonito nisso. Eu gostei do filme, mas me deixou um gosto amargo no final. Por que, se fosse por mim, se fosse eu, não teria voltado pra mostrar nada... E eu nem teria aceitado ir tocar e tal... Eu superei isso, mas o rapaz é um jovem etc... Eu já passei pelo que ele passou, é horrível. Só quem passou por isso aí sabe o que é... Nossa senhora, tive que parar o filme e ir fazer compras por que fiquei muito estressada. O final não me aliviou em nada.

Cara... A trilha sonora do Whipslash... O que há de errado com o Jazz? você escuta duas músicas e acha ótimo, escuta a trilha sonora do filme e jura que já ouviu a mesma música 10 vezes seguidas. Quê que é isso?

Lucy (2014)

Luc Besson (o que eu estava esperando mesmo?), bom... É um filme legalzinho, não é o meelhooooor do mundo e tal, mas pra gente que gosta de Scajo (que nem eu) e uai, é filme Temperatura Máxima. As imagens são lindas e o Old Boy está um chato.

Para Sempre Alice (2014)

Olha... Eu chorei durante o filme quase inteiro e no final ainda tive quase que uma crise... Se não derem o Oscar para Julianne Moore é simplesmente um roubo. E... Nossa, lembrei de todas as pessoas incríveis que conheço, mas mais especialmente, lembrei da professora Lillian De Paula, por que a Alice, que sofre de alzheimer, faz um discurso que começa com, simplesmente, One Art, the Elizabeth Bishop. Chega ao Brasil dia 12 de março, então... Se você gosta de chorar, vá, é lindo.

I Origins (2014)

Acabei de assistir, é tipo "O segredo dos seus olhos" has gone scientific. É um filme bem gostoso, bem feitinho, adooooro o ator que faz o personagem principal e, bom, tem uma personagem chamada Kate que é uma oferecida dos diabos ¬_¬".

Following (1998)

Bateu uma curiosidade de ver os outros filmes do Nolan, e bom... apesar do que as pessoas disseram no fórum do IMDB ou da nota, é um filmeco muito chato - mas chato mesmo... MAS, pra um filme iniciante, debut, é bom. Muita gente não consegue fazer isso nem depois de 10 filmes. Mas, percebe-se, que o objetivo dele é melhorar, a cada filme, sua técnica de contar histórias.

Alguém Me Vigia (1978)

Eu simplesmente adoooro filmes "homenagem", e esse é quase que uma idolatria ao meu filme preferido do Alfred Hitchcock: Janela Indiscreta. Se você gosta, veja este que é uma delícia de tão agoniante!! Também vi ali um Dario Argento, vi também a beleza do Gaslight!!! Ah, saudade de Gaslight, que filme maravilhoso (em qualquer uma das duas filmagens).


sábado, 31 de janeiro de 2015

Filmes vistos em Janeiro 2015

Saudações,

Agora começo a postar coisas recentes que estão acontecendo e pensei em fazer o seguinte: mensalmente, eu coloco os filmes que assisto. Além disso, faço indicações, quando possível, dos filmes que vejo de diretores. Atualmente, estou assistindo à três diretores: Woody Allen, John Carpenter e Andrzej Zulawski. Como Woody Allen tem muitos filmes, eu acabo demorando mais para ver (e também há um outro blog, em inglês, com revisão crítica intensa dos filmes). John Carpenter eu vejo às vezes: ele faz também muitos filmes, e eu já vi alguns. Ultimamente, tenho estado mais para Zulawski, por que ele consegue fazer minha cabeça explodir.

Nessas listas mensais vão aparecer todo o tipo de filme (prioritariamente horror, meu favorito). Não vou fazer uma lista só de filmes de terror salvo os melhores do ano - não quero separar muitas coisas em tópicos. Quando eu terminar todos os filmes de algum diretor, também faço uma postagem com os melhores que vi dele. Isso inclui os que eu já havia assistido antes de começar o blog: David Lynch, David Cronenberg, Jaco Van Dormael, Darren Aronofsky, Dario Argento, Mario Bava, Wes Anderson, Frank Henenlotter, Stanley Kubrick e John Patrick Shanley.



Vi ontem na tv, sinceramente, todo o orçamento com atores foi gasto em Anthony Hopkins (bem gasto, claro), deixando como protagonista um amador barato (é a única explicação). Um filme de terror "de classe" para os vovôs e vovós, que agrada ao público adolescente - não me agradou nem um pouco, é muito bobo, cliché, dispensável e tosco.


Assisti ontem no FX, eu gostei bastante. O sofrimento intenso é comovente, os olhos de Jim Caviezel são muito doces e expressivos, Mel Gibson - sempre cru e direto - conseguiu produzir algo inspirador. Apostaria em assistir Jesus Christ Super Star logo depois para aliviar a alta carga de tensão.


Estou vendo os filmes do John Carpenter. Achei que fosse ser uma bela de uma porcaria por que toda vez que eu via um pedaço no SBT me dava até dor de barriga, mas, no geral, é um filme simpático. Restou apenas a pergunta: Quantos carros (réplicas) foram amassados para fazer esse filme? 


Certamente o melhor do final de semana (ainda faltam alguns filmes, mas acho qu enão vou ver nada de melhor do que esse) - e olha que nem é essa maravilha toda. Para quem gosta de um terror anos 40/50 em preto-e-branco, é uma boa pedida. Acabou me surpreendendo bastante.


Roberto e Joao Henrique, vocês me indicaram esse filme tipo "O chamado", passando adiante uma corrente do mal? Pois foi só nisso que pensei durante esse filme. Não recomendo, não peguem pra ver, é uma merda que não tem tamanho e nem dimensão. APENAS SCAJO Scarlett Johansson) é o que me fez ver as cenas com algum interesse (lindíssima), de resto, é uma palhaçada. E não venham me dizer que não entendi, por que eu entendi e achei medíocre. Ei! Jonathan Glazer, você não é Andrzej Zulawski!!! Se for pra ver a Scajo pelada, tudo bem, agora... Pra ver um filme de quase duas horas com alguém dirigindo quase que durante uma hora pra ser um pano de fundo de uma conversa "filosófica" sobre as relações sociais - praticamente machista, é uma perda de tempo. Mensagem do filme: Estamos cada vez mais superficiais e não nos relacionamos / a inglaterra é o mundo e o mundo é tão multicultural /plurilíngue que não nos comunicamos, só vemos as aparências, bla bla bla bla bla... Prefiro mil vezes os filmes de terror mais tacanhos do que essa superprodução cara e barata... Esses cineastas novos acham que tem condição de estabelecer uma narrativa como gênios que eles idolatram. Parece que estou lendo um desses autores de meia-pataca que tentam a todo custo imitar este ou aquele grande escritor. Gente esse filme é horrível... O difícil desse filme (ainda pior) é que os atores que fazem os homens são todos muito parecidos. No meu entendimento, todo mundo que entrou lá dentro e virou "pele" foi preenchido com alguma coisa e saiu da casa, inclusive o cara lá - Saiu um cara de moto pra ir na casa de não sei quem etc... Achei que fosse o próprio motoqueiro que ela tinha pegado... O problema é que o diretor vê filmes "loucos" e acha que pode fazer igual, mas não pode. Precisa talento pra fazer filmes complicados, não é só fazer coisas sem sentido e deixar rolar. 


Vocês falaram que eu ia achar o filme chato, mas eu achei muito bonito e interessante, achei animador. Recomendo para quem gosta de filme de época, principalmente para quem estuda moda e estilo - 500 anos em 2 horas é pouco. Agora quero ler o livro.


Recomendado por Roberto (fiquei com medo de ver depois de Under the Skin ter sido ruim), mas é bem fantástico. Digo, porém, que de início me senti super animada diante da perspectiva de "talento aparece de qualquer maneira", mas depois foi me dando uma sensação ruim, uma tristeza... Recomendo para estudantes de artes e fotografia.


O que parece ser uma premissa boba (formigas mutantes gigantes atacam cidade no deserto dos estados unidos em busca de açúcar) se transforma num filme mais interessante do que as produções de terror atuais. Sério. O filme me agradou bastante!


Esse é colorido apesar da data e do poster estranho. Não prefiro nem esse e nem o outro da mosca, são dois filmes diferentes e bons. Esse, diferentemente do outro, tem o glamour hollywoodiano que tanto agrada. Não gostei do final, foi estranho, abrupto, obtuso.


O ano está só começando e eu já sei que Dead Snow 2 é um dos melhores de 2015. É maravilhoso, é estupendo, é original, é tudo que um filme de terror pode ser para alguém como eu: Chorei de rir. Como não amar? Queria tanto que todo mundo visse! É tão edificante! HEHEHEHE!


Eu não entendi tudo muito bem (e acho que nem é o objetivo), mas eu senti muita coisa - e também vi muita coisa. O corpo feminino como público, a ideia de que o corpo é mais um pacote que pode ser preenchido ou esvaziado, a inocência da inconsciência do corpo (por que não?), o corpo desnaturalizado - o corpo como expressão. Recomendo para pessoas que se interessam pelo estudo do corpo e as manifestações, restrições e espaços sociais e físicos que ele ocupa.

A Noite do Chupacabras (2011)

Se tudo estiver de acordo, algumas pessoas assistiram o filme ao mesmo tempo que eu. O que eu achei:

Não é um filme excelente (e nem tinha por que, e nem era o objetivo, ao que me parece), mas é um filme decente. A fotografia é boa, a direção de câmera, a direção me parece bem eficiente (o filme tem sintonia, tem um conjunto e tem voz própria). Achei, acima de tudo, engraçado, e daí por diante as coisas foram ficando mais ou menos empolgantes.

O trabalho dos atores (?) não vem ao caso, a ideia é ser tosco mesmo. Mas tem algo interessante pra ressaltar que é a questão da identidade capixaba / brasileira (muito mais capixaba, nesse caso: é evidente)... Eu senti algo que sinto quando procuro ver uns filmes bem doidos japoneses ou chineses, ou koreanos, ou vietinamitas e gosto quando sinto isso, é algo que só um filme que tem elementos culturais próprios pode proporcionar. Me lembrei muito de filmes como Gu (1981), que me fazem imaginar um lugar e uma cultura que eu não conheço e de um jeito muito especial. Acho que é esse o maior valor desse filme, é a capacidade de criar uma atmosfera e um imaginário sobre uma cultura distante.

O Predestinado (2014)

Acabei de assistir Roberto, Wagner, Joao (não sei mais quem recomendou). Resumo da ópera: Orlando com viagem no tempo LOL. É um bom filme, com certeza, mas não achei difícil... Tem filmes que eu nunca entendi direito, mas não é o caso desse. Recomendo para quem gosta de filmes tipo Origem, Amnésia, Donnie Darko, etc.

A Mão Que Balança o Berço (1992)

Ahahaha advinha? Não, eu não tinha visto ainda, mas, fora as palhaçadas inacreditáveis em uma história como essa (hello?) o filme é divertido. Para mães deve ser um super pesadelo!! Fiquei pensando na Bea enquanto eu via o filme, hahahaha... Desesperoooo.

Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) (2014)

Desci pro play, pois é... É um bom - um excelente - diretor, claro, gosto de outros filmes dele (e devo assistir outros). Birdman é chato. Sim, é um filme chato e é um filme feito para críticos - é a minha opinião. Olha, já assisti outros filmes com esse mote "quem sou eu, o que é real, o que é o ego, indústria cultural, cinema, diretor, bla bla bla", e essa discussão já parecia esgotada - Mas Iñárritu parece renovar a discussão quando traz à baila os super-heróis contemporâneos (o que resta de um Harry Potter quando ele cresce e tem que se superar, mostrar que é um artista? - quer dizer, é preciso isso mesmo?). Essa coisa da reinvenção deixa qualquer um louco, os artistas principalmente. É um ótimo filme, não é melhor que Grand Hotel Budapeste (IMO), mas candidato ao Oscar simplesmente por que é um filme de Oscar - é isso.

Acima das Nuvens (2014)

Cara, parece que estou andando em círculos... Perai, deixa eu fazer uma escala: Persona / Inland Empire = Arte / Material Cru --> Cloud of Sils Maria = Simplificação aculturada ---> Birdman = Clichê massificado embalado em papel celofane. Altamente recomendado.

Guerra ao Terror (2008)

Tinha um tempo que eu já queria ver esse filme, mas sabem como é: Parece que todos os dias aparecem três e eu não tenho como ficar vendo tantos filmes quanto gostaria. Guerra ao Terror é acima da média, bem feito, etc... Parece um Policia 24H no Iraque e interminável - assim como a "guerra ao terror" é. Fiquei pensando em muitas coisas, em muitas... Não cheguei à nenhuma conclusão, confesso... Filme difícil, mas recomendado.